O carnaval aqui não teve wifi. Estamos nos mudando e a empresa que faria a instalação pediu mais 30 dias. Está sendo um mês sem internet, sem Netflix, sem eu e minha mulher no celular e minhas filhas pedindo nossas telas emprestadas. Ficamos em casa, nada de trânsito, nem praia, nem tv ligada nos desfiles. Esse carnaval foi só passeios de bicicleta e piscina na casa da vó.
Tiramos um tempo pra não fazer NADA. É super difícil se acostumar com não fazer NADA (a gente se acostumou a estar sempre fazendo alguma coisa - e quando está sem nada pra fazer fica no celular). E nesse mês que passamos sem internet em casa um milagre aconteceu. Começamos a conversar mais, ler mais livros, jogar quegra cabeça.
No momento estamos viciados nesse aqui:
Alguém lembra o nome desse jogo?
UPDATE: o nome é Cilada. Obrigado, Fernando, Sabrina, Roberta, Felipe, Nivaldo e Pedro.
Sempre comparo tecnologia com açúcar: se eu deixasse, as meninas iriam almoçar sorvete e jantar chocolate. Tecnologia é igual, deliciosa e cheia de prazeres, mas em excesso faz mal pra saúde. Acho que é um caminho sem volta, assim como o aumento de açúcar em alimentos industrializados. Mas não é por isso que sou obrigado a consumi-los. Ou melhor, consumo com consciência.
Acho que frente a uma geração que anestesia o cérebro na frente de telas, crianças que leem livros, correm e conversam com os pais tem um diferencial competitivo, até para o mercado de trabalho.
Abaixo algumas respostas de pais no nosso Grupo Secreto de Pais Incríveis.